terça-feira, 23 de julho de 2013

Mais um pouco sobre mim

 Aos poucos estou conseguindo comentar nos blogs que eu sigo novamente, tenham paciência, não me esqueci de ninguém. :) No momento estou passando por depressão, mas estou a todo custo lutando contra ela. O remédio que o psiquiatra me passou não está fazendo nenhum efeito. Parece água com açúcar. E a fibromialgia me atingiu em cheio. Já estou acostumada a não ter muita energia, ter sono o dia todo (e ficar ligada à partir das 21hs) e acordar com os músculos rígidos. Faço alongamentos e me levanto, apesar da falta de vontade. Mas agora, por causa da depressão, está bem pior. Sinto muitas dores, acordar e levantar é um sacrifício terrível. Estou saindo de casa, mesmo tendo vontade de me trancar  no quarto. Lavar a louça me dói demais as costas, como se estivesse levando uma punhalada. a água gelada parece um monte de agulhas entrando na pele das mãos. Mas ainda assim me esforço para fazê-lo, mesmo que nem sempre eu consiga. Minha cabeça está se cansando fácil demais, conversar (algo que amo fazer) se torna uma fardo, é como se eu tivesse estudado o dia todo prum vestibular.
Segunda agora vou ao psiquiatra, espero q ele ache outra medicação.

Escrevi esse texto como comentário no blog da Menina Maléfica, e achei que seria interessante postar aqui também, pra vcs conhecerem mais um pouco da minha história:

"Já tive mto medo de saberem meu diagnóstico. Pavor descreveria melhor. De acabar sendo taxada de louca. Tb morria de medo do que os outros pensariam de mim, queria passar uma imagem de legal, que ninguém descobrisse meus defeitos, pois eu temia que não me quisessem mais. Eu tentava ser a pessoa que pensava q os outros queriam q eu fosse. Essa neurose chegou tão longe que eu não conseguia comer em público. Eu era magrela por natureza, comia pouco por causa da depressão leve q tive a vida toda, sem saber. E eu ainda usava aparelho fixo, pra piorar. Então eu sentava pra comer e já pegava pouquinho, pois sabia que minha garganta iria travar e eu não conseguiria comer. Ia ao banheiro logo depois pra limpar o aparelho. Quando eu voltava, sentia como se os olhos voltassem para mim, achando q eu tinha bulimia ou algo assim. Esse medo me prendia. Quase não tinha amigos, pois era muito quieta, tinha medo de dizer algo e parecer uma idiota. Pensava 30 vezes antes de dizer qualquer coisa.

Só sei que aos 19 anos foi o ápice pra mim, eu finalmente parei de aceitar aquilo como sendo parte da minha personalidade. Consegui enxergar que aquilo fazia muito mal e eu precisava mudar. Não aguentava mais viver naquela prisão de medo na qual eu vivi toda minha vida. Mas eu não sabia como e nem por onde começar. Pedi ajuda a Deus, pois sei que Ele é o Deus dos impossíveis e que Ele não queria me ver sofrer daquele jeito.
Não foi algo do dia pra noite. Foi um processo. Me lembro de ter lido um versículo na Bíblia "maldito o homem que confia no homem" Jr 17.5
Eu finalmente percebi que me preocupava demais com o que as pessoas pensavam de mim, mas que só o que Deus pensa de mim é q vale. Pq Ele me olha através de Seu amor e perdão.
Com isso sempre em mente, colocava-me em situações desconfortáveis pra mim e pedia a ajuda de Deus. Só sei que nesse processo lento que demorou uns 5 anos, aprendi que as pessoas se afastam de quem tenta passar uma imagem de perfeição e que tem medo de se expor. Descobri é que me abrindo, sendo sincera, rindo dos próprios micos e de mim mesma, acabava atraindo mtas pessoas. No fundo, todos têm esse desejo de serem aceitos. Mostrar que vc tb tem falhas, acaba desarmando as pessoas contra vc. E isso é algo que acontece muito na blogosfera, não só com quem tem transtornos psiquiátricos. Com todo mundo. Pq a gente se abre e fica exposta nossa fragilidade.

No segundo ano da faculdade que fiz, numa aula de psicologia, um assunto puxou o outro e eu acabei me abrindo sobre o transtorno bipolar. Ninguém poderia imaginar, pois escondo mto bem meus sentimentos, qndo necessário. Primeiro ficaram espantados, depois curiosos para saber sobre a doença. E eu expliquei tudo para eles. Expliquei de maneira científica e tb como isso me afetava, e como eu queria poder ajudar pessoas com o mesmo problema e por isso queria estuda Psicopedagogia. Ninguém me julgou, e eu nem ligava se isso acontecesse. Pq pra mim, estariam julgando o transtorno bipolar, e não a mim. Senti q meu papel era ser porta-voz dessa doença, pra acabar com os estigmas e o preconceito."

4 comentários:

  1. Desabafar é sempre bom Flor, e o blog é um dos melhores lugares pra se fazer isso... admiro você por sua coragem em não ter medo de revelar seus problemas e como se comporta diante deles, sempre com muita vontade vencer e você vai vencer, afinal é isso que você tem feito todo esse tempo: tem superado e vai continuar assim. Deus é com você, sabe disso neh.
    Obrigada pelo comentário lá no blog, sempre me emociono com suas palavras. E adorei o vídeo.

    Pense que é só mais uma fase e as fases sempre passam. Estou com vc.

    Bjs,
    Fabi

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  2. Oi Flor
    Eu sempre fui extrovertida ao contrário de vc, mas no fundo tinha os mesmo temores que vc. No fundo só queremos ser tratados como pessoas "normais". Vc vai melhorar querida, acredite, é só acertar na medicação! E vc tem muita fé em Jesus, isso é o mais importante!
    Bjos. e #tamo junto!

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  3. Oi minha amiga Mineira, desculpa não te responder antes. Não estou bem, mas não quero ficar te passando essas coisas você já tem problemas e eu não mereço que ninguém se preocupe comigo. Os tremores estão cada dia piores e como não consigo me alimentar direito já emagreci mais de 10kg e a cirurgia de meu irmão é de 01/08 e ele precisa de mim então estou uma pilha. Quando eu demorar assim de responder é pq o treme-treme não deixa. Espero que você melhore logo dessa fase deprê pois a sua positividade no blog me ajuda muito.
    Obrigado por lembrar de mim, se cuida.
    Grande bj

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  4. O adorei o seu comentário, e conhecer um pouquinho da sua história! Fé em Deus... Bj

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