quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Para resumir...

Quarta, 18/09/2013 22:05

  Ai gente, o que posso falar da última postagem? Eu estava deprimida e desesperada. Minha medicação tinha sido aumentada havia pouco tempo, então eu ainda não estava bem. Eu estava dormindo muito, meu quarto parecia mais uma zona de guerra e não estava ajudando minha mãe (quase nada). Eu estava sem ânimo, sem forças para fazer qualquer coisa. Só queria me distrair para não pensar em coisas ruins.
  Então, novamente meus pais resolveram intervir. Me acordavam e não me deixavam dormir de dia, mesmo que eu estivesse mole e sem conseguir manter os olhos abertos. Me davam tarefas para fazer durante o dia, mais do que eu conseguiria se estivesse bem. Até aí tudo bem. Mas ficavam brigando comigo como se eu fosse criança, preguiçosa, etc. Minha mãe ainda tava numa fase de depressão e agressividade, pra piorar tudo. Quando eu não conseguia fazer algo, pois já estava esgotada, ela falava alto para todos os vizinhos escutarem que eu não fazia nada, que era preguiçosa e blá, blá, blá.
  Meu pai estava achando que se me fizesse passar vergonha, eu iria tomar banho todos os dias. Vinha gente em casa e ele achava um jeito de dizer que eu não tomava banho.
  Toda essa pressão em cima de mim só me fez afundar ainda mais. Eu ia além dos meus limites para conseguir fazer o que eles me pediam, mas o que eu conseguia era pouco perto de alguém "normal". Eu me esforçada tanto e ouvia que não fazia nada.
  Pior de tudo é que são eles que ouvem meus desabafos quando estou mal. Como eu iria desabafar com eles sobre eles? Eles não me ouviam, achavam que eu reclamava por preguiça e não porque estava mal. Eu fiquei sem chão. Eu não queria morrer, só queria que aquela situação passasse.
  Então teve um dia que meus pais tinham saído de casa e eu estava chorando de soluçar desesperada. Não queria falar mal dos meus pais, mas eu tinha que falar com alguém. Liguei pra mãe de uma amiga que também é amiga minha. No começo nem conseguia falar de tanto que chorava. Ela orou comigo e me ouviu, com toda paciência. Ia ter reunião de oração em casa naquele dia e meu pai disse que abriria meu quarto pra todo mundo ver minha bagunça (se eu não arrumasse). Falei pra ela, ela queria vir me ajudar, mas percebi que estava rouca e bem doente. Escrevi aqui no blog postagem anterior. Quando era umas 6 da tarde meus pais já estavam em casa. Minha amiga ligou em casa para avisar que não poderia me ajudar com o quarto, pois não estava nada bem, meu pai atendeu o telefone. Daí ele perguntou o por quê daquilo e ela não pôde mentir. Eu estava no meu quarto e meu pai entrou todo nervoso, brigando comigo por ter falado mal deles pra outra pessoa. Nessa hora eu já não tava ligando pra nada, estava anestesiada. Eu pedi pra Deus consertar toda aquela situação.
  Depois de uns 10 minutos eu fui ao banheiro, meu pai me viu e veio me falando: "Eu e sua mãe estamos fazendo isso para o seu bem, porque te amamos. Não porque queremos te punir." Então me abraçou. Eu voltei pro quarto e ouvi minha mãe conversando com ele, diziam que não sabiam que eu estava tão fraca. Minha mãe finalmente percebeu que não era preguiça minha, que não sou tão forte quanto ela. Meus pais sabem q eu não falaria aquilo pra ninguém se fosse por preguiça minha, sabiam q eu não chegaria a tanto. Então eles finalmente entenderam que o que eu falava era verdade, não era frescura.
  Eles mudaram o jeito de me tratar. Graças a Deus. Estamos bem novamente.
  Depois de uma semana mais ou menos os medicamentos começaram a surtir efeito e eu comecei a melhorar. Tive vária responsabilidades por conta do casamento dos meus dois grandes amigos. Saí bastante, comecei a tomar sol 15 minutos u por dia. E só fui melhorando.
Fiquei com uma sinusite forte e ainda estou me recuperando, mas estou bem. Já não aguento muito ficar enfiada em casa. Esse é o segundo medicamento que realmente me tira da depressão, o suficiente para eu fazer minha parte e melhorar.

  Fico me perguntando quando meus pais vão entender que pegar pesado comigo não dá certo... E também sei que em algum momento meu corpo vai acostumar com a medicação e eu vou ficar mal até achar outro medicamento que funcione. Por isso estou tentando aproveitar cada minuto, sem passar dos meus limites, claro. Esse é um tempo que não posso desperdiçar. Que Deus me dê sabedoria para tanto!

Obrigada a todos que puderam dar apoio. Obrigada de coração!