domingo, 26 de janeiro de 2014

Teorias e desabafos

Não sei se é assim só comigo. Mas quero compartilhar algumas coisas q descobri sobre como o TBH funciona comigo, e saber se é assim com vcs tb. Aqui vai...

Eu passei da fase de ficar perguntando a mim mesma se essa ou aquela emoção era minha ou do TBH... Não pq soltei as rédias, mas no meu caso observei um padrão. É como se minhas emoções (minhas msm) não tivessem freio. Elas começam normalmente, mas se são um pouco fortes, elas vão aumentando cada vez mais até eu não ter controle sobre elas. Agora aprendi a puxar o "freio de mão" antes de perder o controle e acontecer um "acidente".
No meu caso, qnd noto q minhas emoções começam a ficar além do q devem, no caso de ser:

-alegria, agitação, ansiedade ou nervoso, (o q não acontece com tanta frequência) eu tomo meu ansiolítico e me isolo (qnd possível) e tento voltar minha atenção p/ outras coisas, como ler livros, ver tv, nada com q eu possa interagir com outras pessoas. Enquanto isso fico esperando o remédio fazer efeito. Em boa parte dos casos isso resolve;

- tristeza... Essa é a mais difícil para eu lidar. Qnd o antidepressivo está fazendo a parte dele, eu consigo fazer minha parte, q é não me deixar levar por ela, não posso me dar ao luxo. Além d pegar firme nos 15 minutos diários de sol, arrumo coisas para fazer q me deixam mais alegre ou q me fazem pensar nos outros e não nos meus problemas. Tb procuro ouvir músicas agitadas preferidas, me dá um ânimo extra qnd preciso fazer as tarefas domésticas, apesar da falta de energia, e tb danço feito uma louca no meu quarto, c fones d ouvido, acaba sendo uma ginástica q me faz rir mto de mim mesma (coisas de Francine...rs). Nessas fases isso costuma resolver.
Só q de tempo em tempo,meu corpo se "acostuma" com o antidepressivo e esse não faz mais efeito. Só q só percebo qnd já estou "sem combustível e atolada na lama". Até descobrir outro remédio q faça efeito, eu me encontro paralisada, mentalmente e físicamente, sem ânimo e energia para viver, em depressão profunda. Nessas horas, nenhum remédio em dose normal resolve meu problema. Meu psiquiatra então precisa me receitar "doses cavalares", até q eu saia da fase crítica, então ele vai baixando a dosagem. Qnd finalmente me estabilizo, depois de meses parada, preciso recuperar a musculatura perdida e o condicionamento físico, para conseguir fazer coisas simples como conseguir arrumar a cozinha. Atualmente estou passando por essa fase mto chata, pois eu já não tenho paciência com minhas limitações e os q convivem comigo mto menos, acham q estou com preguiça, sem perceber q estou tendo q me esforçar ao máximo, sem passar dos meus limites. Daí me encho de ouvir q sou folgada e vou além do q posso para provar o contrário. Então travo coluna, quadril e preciso fazer repouso. E não acreditam em mim  pq "como ela poderia ter ficado tão mal só d fazer a compra do mês?" Detalhe, passando por dois supermercados, sendo um por atacado gigante... E tentando lembrar de cabeça a maior parte do q precisava comprar, pq minha mãe tá com depressão profunda e não conseguiu lembrar nem da metade da lista.

Desculpa o desabafo não planejado em um texto tipo testamendo... Agora estou quase bem, mas a pior parte dessa doença é provar q não sou preguiçosa, q na verdade mato um monte de leões por dia, como nossa amiga escreveu na outra postagem.

Pra quem chegou até aqui, mto obrigada por ter tido paciência de ler tudo! E quero saber como  vcs lidam c o transtorno e qual o maior desafio de vcs!

Abraços a todos e que Deus nos ajude a viver um dia de cada vez e com mta força de espírito!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Feliz 2014 :)

Primeiro final de ano e virada de ano que eu passo sem depressão! Quanto ao transtorno estou bem. Dia 12 (domingo) completei 28 aninhos, vou comemorar só no fim do mês, pois é quando minha irmã e meu cunhado vem aqui pra casa nos visitar. 

Tenho algumas coisas para contar, mas meu PC anda travando direto e não sei postar pelo celular :/
E agora eu estou bem acabadinha fisicamente pra continuar no PC, muitas responsabilidades tb.
Preciso ir, mas só saibam que se não estou escrevendo por aqui é porque estou bem :) ! Não precisam se preocupar.

Abraços da Flor~*

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Conclusões sobre o TAB

Meu estado atual: -Bem e tentando aproveitar essa fase pra colocar minha vida em ordem, para divulgar mais sobre meu trabalho de estética e tentando melhorar como pessoa. Lendo dois livros excelentes, um sobre sair da zona de conforto e outro devocional. Espantando o desânimo com muita música. :) -Ainda tentando ter um horário de sono regular. :/
Medicação atual: 1 Carbolítium CR 450mg, 1 Procimax 40mg. Olcadil 1mg para conseguir dormir (às vezes meu corpo fica agitado, coração acelerado, o q me impede de dormir, por isso o ansiolítico me ajuda no meu sono).
------------------------------------------------------------------------------------

Agora a pouco eu estava conversando com uma "amiga cibernética" que tb é bipolar. Ela descobriu a doença não faz tanto tempo, e quando tem algumas dúvidas, ela pergunta pra mim. Acabou que conversa vai, conversa vem, acabei escrevendo algumas coisas pra ela que queria compartilhar com vocês:


   "Temos que controlar até a alegria...(rs), parece que nossas emoções (do corpo, não da mente) não têm freio...se não fizer algo pra parar....xiiii A gente tem q ficar esperta pra puxar o freio de mão!

É muito difícil entenderem nossas limitações e respeitarem, ainda porque é uma doença invisível. Já perguntei pra várias pessoas bipolares, todas responderam o mesmo: não param em emprego por muito tempo, a família até tenta entendê-los, mas nunca consegue por completo... Nós temos que aproveitar bem nossos tempos de normalidade, pq com a gente é tudo fase.
Eu trabalho em casa, como designer de sobrancelha...quando não estou bem, eu não marco nada para aquele dia. A gente tem q aceitar nossas limitações, respeitá-las, e fazer o máximo que podemos dentro dessas limitações. 
A gente aprende a dar valor pra algo que muitos acham normal: estar em um estado emocional de "normalidade". Ninguém dá valor pra isso e desperdiçam o tempo. Nós temos algo que nos força a não viver dependendo das emoções e sim da razão, somos forçados a viver uma vida mais saudável, ter um sono regular... Tudo q as pessoas saudáveis não costumam fazer. A gente aprende a ter disciplina na marra. E eu vejo isso como algo bom, apesar de ser uma doença terrível, pelo menos tem esse lado positivo.
E ainda bem que tenho Deus em minha vida, pois Ele me impede de fazer qualquer besteira contra minha própria vida, quando meus pensamentos estão tortos pela doença, é Ele quem fala ao meu coração e coloca juízo. Sem Ele, eu com certeza não estaria mais aqui."