Não sei se é assim só comigo. Mas quero compartilhar algumas coisas q descobri sobre como o TBH funciona comigo, e saber se é assim com vcs tb. Aqui vai...
Eu passei da fase de ficar perguntando a mim mesma se essa ou aquela emoção era minha ou do TBH... Não pq soltei as rédias, mas no meu caso observei um padrão. É como se minhas emoções (minhas msm) não tivessem freio. Elas começam normalmente, mas se são um pouco fortes, elas vão aumentando cada vez mais até eu não ter controle sobre elas. Agora aprendi a puxar o "freio de mão" antes de perder o controle e acontecer um "acidente".
No meu caso, qnd noto q minhas emoções começam a ficar além do q devem, no caso de ser:
-alegria, agitação, ansiedade ou nervoso, (o q não acontece com tanta frequência) eu tomo meu ansiolítico e me isolo (qnd possível) e tento voltar minha atenção p/ outras coisas, como ler livros, ver tv, nada com q eu possa interagir com outras pessoas. Enquanto isso fico esperando o remédio fazer efeito. Em boa parte dos casos isso resolve;
- tristeza... Essa é a mais difícil para eu lidar. Qnd o antidepressivo está fazendo a parte dele, eu consigo fazer minha parte, q é não me deixar levar por ela, não posso me dar ao luxo. Além d pegar firme nos 15 minutos diários de sol, arrumo coisas para fazer q me deixam mais alegre ou q me fazem pensar nos outros e não nos meus problemas. Tb procuro ouvir músicas agitadas preferidas, me dá um ânimo extra qnd preciso fazer as tarefas domésticas, apesar da falta de energia, e tb danço feito uma louca no meu quarto, c fones d ouvido, acaba sendo uma ginástica q me faz rir mto de mim mesma (coisas de Francine...rs). Nessas fases isso costuma resolver.
Só q de tempo em tempo,meu corpo se "acostuma" com o antidepressivo e esse não faz mais efeito. Só q só percebo qnd já estou "sem combustível e atolada na lama". Até descobrir outro remédio q faça efeito, eu me encontro paralisada, mentalmente e físicamente, sem ânimo e energia para viver, em depressão profunda. Nessas horas, nenhum remédio em dose normal resolve meu problema. Meu psiquiatra então precisa me receitar "doses cavalares", até q eu saia da fase crítica, então ele vai baixando a dosagem. Qnd finalmente me estabilizo, depois de meses parada, preciso recuperar a musculatura perdida e o condicionamento físico, para conseguir fazer coisas simples como conseguir arrumar a cozinha. Atualmente estou passando por essa fase mto chata, pois eu já não tenho paciência com minhas limitações e os q convivem comigo mto menos, acham q estou com preguiça, sem perceber q estou tendo q me esforçar ao máximo, sem passar dos meus limites. Daí me encho de ouvir q sou folgada e vou além do q posso para provar o contrário. Então travo coluna, quadril e preciso fazer repouso. E não acreditam em mim pq "como ela poderia ter ficado tão mal só d fazer a compra do mês?" Detalhe, passando por dois supermercados, sendo um por atacado gigante... E tentando lembrar de cabeça a maior parte do q precisava comprar, pq minha mãe tá com depressão profunda e não conseguiu lembrar nem da metade da lista.
Desculpa o desabafo não planejado em um texto tipo testamendo... Agora estou quase bem, mas a pior parte dessa doença é provar q não sou preguiçosa, q na verdade mato um monte de leões por dia, como nossa amiga escreveu na outra postagem.
Pra quem chegou até aqui, mto obrigada por ter tido paciência de ler tudo! E quero saber como vcs lidam c o transtorno e qual o maior desafio de vcs!
Abraços a todos e que Deus nos ajude a viver um dia de cada vez e com mta força de espírito!